Poesia: a Voz e o Ouvido da Alma

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Náufrago

 

Quando você entra na sala de aula

Com seu corpo inacessível e

Com seu rosto indecifrável

Um sentimento de desejo

Misturado a uma sensação de culpa

Seqüestra minha alma imprevisível

Que era serena

Mas agora está confusa

 

Quando você me olha

Sinto às vezes que não me vê

Outras vezes que me repreende em silêncio

Alguns olhares são frios

Tão frios como a noite mais fria

Guardando tristeza indefinida ou solidão imensurável

Outros olhares deixam escapar 

Uma faísca de esperança

Que não sei se incendiará o mundo

Ou apenas o meu coração

 

Seus cabelos ao vento

Pertencem ao vento

Suas lágrimas ao luar

Pertencem ao luar

 

Poderiam o vento, o luar, e outras forças da natureza

Trazer-me alguém por quem estou simplesmente náufrago?

 


Copyright © 2002   André Luiz Barbosa   Todos os direitos reservados.
Atualizado: 29-fev-2004